RUBIACEAE

Pentodon pentandrus (Schumach. & Thonn.) Vatke

Como citar:

; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Pentodon pentandrus (RUBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

70.437,936 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Espécie ocorre nos estados do Pará, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (Zappi, 2012); em altitudes inferiores a 200m (Jung-Mendaçolli, 2007).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie de ampla distribuição, frequentemente cultivada. Planta com potencial invasor.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em Oesterr. Bot. Z. 25: 231. 1875. Espécie considerada exótica, sendo originária da África (Paz; Bove, 2007); trata-se de uma planta invasora introduzida recentemente (Zappi, com. pessoal).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em locais abertos e ensolarados, em áreas de baixa altitude, perturbadas, com vegetação herbácea (Jung-Mendaçolli, 2007); restingas (CNCFlora, 2012); em formação herbácea aberta inundável (Araujo et al., 2009).
Habitats: 1 Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.8 Subtropical/Tropical Swamp, 4 Grassland, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland, 5 Wetlands (inland), 5.1 Permanent Rivers/Streams/Creeks [includes waterfalls], 13 Marine Coastal/Supratidal, 13.4 Coastal Brackish/Saline Lagoons/Marine Lakes, 3 Shrubland, 3.6 Subtropical/Tropical Moist
Detalhes: Caracteriza-se por ervas, terrestres, de até 30cm de altura, com ramos eretos ou decumbentes; coletada com flores e frutos no mês de Abril (Jung-Mendaçolli, 2007; Araújo et al., 2009).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção. Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
Adegradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espéciesexóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de ummanejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais desoja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano.Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde aerosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso degramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial àbiodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dosecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmentelimpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogongayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf eMelinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagensplantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo)está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzidacobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Omodelo tradicional da ocupação da Amazônia tem levado a um aumentosignificativo do desmatamento na Amazônia legal, sendo este um fenômeno denatureza bastante complexa, que não pode ser atribuído a um único fator. As questões mais urgentes em termos da conservação e uso dosrecursos naturais da Amazônia dizem respeito à perda em grande escala defunções críticas da Amazônia frente ao avanço do desmatamento ligado àspolíticas de desenvolvimento na região, tais como especulação de terra ao longodas estradas, crescimento das cidades, aumento dramático da pecuária bovina,exploração madeireira e agricultura familiar (mais recentemente a agriculturamecanizada), principalmente ligada ao cultivo da soja e algodão. Esse aumento dasatividades econômicas em larga escala sobre os recursos da Amazônia legalbrasileira tem aumentado drasticamente a taxa de desmatamento que, no períodode 2002 e 2003, foi de 23.750 km2, a segunda maior taxa já registrada nessaregião, superada somente pela marca histórica de 29.059 km2 desmatados em 1995. A situação é tão crítica que, recentemente, o governo brasileirocriou um Grupo Interministerial a fim de combater o desmatamento e apontarsoluções de como minimizar seus efeitos na Amazônia legal (Ferreira et al., 2005).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Presumivelmente Extinta (EX) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).